Dormes! e o mundo marcha, ó pátria do mistério.
Dormes! e o mundo avança, o tempo vai seguindo…
O progresso caminha ao alto de um hemisfério
E no outro tu dormes o teu sono infindo…
A selva faz de ti sinistro eremitério,
onde sozinha, à noite, a fera anda rugindo.
A terra e a escravidão têm aqui o seu império
E tu, ao tempo alheia, ó África, dormindo…
Desperta. Há muito que no alto adejam negros corvos
Ansiosos de cair e beber aos sorvos
Teu sangue ainda quente, ó escrava sonâmbula…
Desperta. O teu dormir é mais do que terreno…
Ouve a voz do progresso, este outro nazareno
Que a mão te estende e diz – “Africa, surge et ambula”
(Rui de Noronha - poeta moçambicano)
Dormes! e o mundo avança, o tempo vai seguindo…
O progresso caminha ao alto de um hemisfério
E no outro tu dormes o teu sono infindo…
A selva faz de ti sinistro eremitério,
onde sozinha, à noite, a fera anda rugindo.
A terra e a escravidão têm aqui o seu império
E tu, ao tempo alheia, ó África, dormindo…
Desperta. Há muito que no alto adejam negros corvos
Ansiosos de cair e beber aos sorvos
Teu sangue ainda quente, ó escrava sonâmbula…
Desperta. O teu dormir é mais do que terreno…
Ouve a voz do progresso, este outro nazareno
Que a mão te estende e diz – “Africa, surge et ambula”
(Rui de Noronha - poeta moçambicano)
Nenhum comentário:
Postar um comentário