sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Deusa

Escolho a liberdade
Que minha mãe me deu num sopro.
E quando chove sou mais forte:
Meu útero fala dos rios que despejo
e dos que se guardam
Com margens e margens ocultas.
E com meu ventre
Precipito vidas
Revelo mundos
Carrego amores
que talvez não sejam meus
No meu espelho vejo várias e várias
Numa raiz que cresce para cima
E me segura firme
Num chão duro, pedregoso.

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