ariânico afago
na suposta acocorada
afroinfância literária
nossa cor sim
e não
reelabora elegbará
orixás não tomam chás de academias
tampouco em mídia sui-seda
cedem
poema de negrura exposta
tece vida
na resposta
abrindo a porta enferrujada do silêncio
explodem
coices
o boi e o bode
entre folclóricas nuvens e teses
de negrófobas carícias
alvos, a-tingidos desesperam
em busca de tambores
ritos
puros mitos
em águas paradas
de poemas pardos
que lhes salvem da chuva de negrizo.
(Cuti)
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