Há quem não veja,
há quem não queira.
Mas há de se saber que
os séculos e o sangue,
em seu gotejar,
queimarão todas as cercas.
Há de se saber que
as estacas e os arames,
os espinhos e os limites,
serão queimados
para mover a locomotiva do novo mundo.
Os muros e todo o concreto
não mais se sustentarão.
As ruínas dos castelos
provarão que tudo será o povo
E o povo será tudo.
Maldito seja este velho mundo,
incoerente, moribundo e caduco.
(Caio Prata)
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