quarta-feira, 8 de abril de 2015

Ancestral

Perseguimos as gaivotas da alegria, espantadas pela artilharia da alvura
autores de uma história tenebrosa, arianismo, crucificando minha cor escura
codificando na melanina de minha pele, a semântica, semiologia do mal
Minha cor, meu povo, minha raça, na versão de sua doutrina, virou algo bestial.
Catalogaram nossas expressões, subestimaram nossa arte, estigmatizaram nossa beleza
mas não foram capazes de sepultar a nossa alma, de deter o nosso canto, nem de roubar minha realeza...

(Cláudio Andrade)

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