Minha bandeira minha pele
Não me cabe hastear-me em dias de parada
Após um século da hipócrita liberdade vigiada
Minha bandeira minha pele
Não vou enrolar-me, contudo
E num canto
Acobertar-me de versos
Minha bandeira minha pele
Fincado estou na terra que me pertenço
Fatal seria desertar-me
Alvuras não nos servem como abrigo
Miçangas de lágrimas
Enfeitam o país
Das procissões e carnavais
Minha bandeira minha pele
De resto
É gingar com os temporais.(Cuti - Sanga, 2002, p. 46)
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