Há vibrações metálicas chispando
Nas sossegadas águas da baía.
Gaivotas brancas vão e vêm, bicando
Os peixes numa louca gritaria.
Escurece. Do largo vão chegando
As velas com a farta pescaria.
As bóias põem no mar um choro brando
De luzes a cantar em romaria.
E entretanto no cais as lides crescem.
Arcos voltaicos súbito amanhecem,
A alumiar guindastes e traineiras…
E ouve-se então mais forte, mais vibrante,
Os pretos a cantar, noite adiante,
Por entre a bulha e o pó das carvoeiras…
(Rui de Noronha - poeta moçambicano)
Nas sossegadas águas da baía.
Gaivotas brancas vão e vêm, bicando
Os peixes numa louca gritaria.
Escurece. Do largo vão chegando
As velas com a farta pescaria.
As bóias põem no mar um choro brando
De luzes a cantar em romaria.
E entretanto no cais as lides crescem.
Arcos voltaicos súbito amanhecem,
A alumiar guindastes e traineiras…
E ouve-se então mais forte, mais vibrante,
Os pretos a cantar, noite adiante,
Por entre a bulha e o pó das carvoeiras…
(Rui de Noronha - poeta moçambicano)
Nenhum comentário:
Postar um comentário