sábado, 21 de fevereiro de 2015

Linguística de Corpora

Meto a langue
em qualquer parole,
desde que encarne
nos sulcos de qualquer competência
atos, sinuosos, de fala de vida.
Recuso autópsias morfossintáticas.

Neurastênico, desisti
sin-,
dia-,
pan-:
matei Chrónos!
Vitimei cada algarismo dos séculos romanos!

Quero agora mêta-sincronismo.
Sadomasoquismo sintático!
vou reger de perto
objetos diretos "alterados" e
os indiretos, depravados...

Só experimento
africadas
palatalizadas
quando, líquidas, confusas...

Só não me falem dos tópicos selvagens,
coloniais de vastos portugais!

(Ari Sacramento - Ogum's Toques Negros: Coletânea Poética, 2014, p. 52-53)

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